Espacios. Vol. 37 (Nº 03) Año 2016. Pág. 25
Carla Cristina Ferreira HAMMES 1; Cláudia Regina TRENTINI 2; Marco Aurélio de OLIVEIRA 3; José Maria MELIM 4
Recibido: 16/09/15 • Aprobado: 22/10/2015
4. Análise dos dados e resultados
RESUMO: A busca pelo conhecimento tem se intensificado ao longo dos anos, especialmente no âmbito empresarial. Apesar dos avanços que a tecnologia proporciona, o paradigma de como as organizações buscam e administram o conhecimento é uma realidade. Além disso, as empresas precisam saber administrar as pessoas, e criar mecanismos para que haja interação entre as pessoas, a tecnologia e o conhecimento. Nesse sentido, este artigo buscou identificar na literatura as práticas utilizadas pelas empresas para reter o conhecimento das pessoas e se manter competitivas no mercado. Os resultados evidenciam que cada vez mais as empresas se mostram preocupadas em reter o conhecimento, e que o uso de tecnologias associadas à memória organizacional tem grande importância nesse processo. |
ABSTRACT: The search for knowledge has intensified over the years, especially in the business sector. Despite the advances that the technology provides the paradigm of how organizations seek and manage knowledge is a reality. In addition, companies need to know how to manage people, and create mechanisms so that there is interaction between people, technology and knowledge. In this sense, this paper aims to identify in literature the practices used by companies to retain the knowledge of the people and remain competitive in the market. The results show that more and more companies to show concerned to retain knowledge, and that the use of technologies associated with the organizational memory is very important in this process. |
Para ser competitiva, uma empresa precisa saber inovar, e a inovação está diretamente ligada ao conhecimento, porque o conhecimento é responsável pelas mudanças e, consequentemente, pelo desenvolvimento das organizações. Dessa forma, o conhecimento se torna uma vantagem competitiva para as empresas que desejam se manter no mercado. Contudo, saber de onde vem o conhecimento e como ele se transforma, torna-se um desafio para as empresas.
Diante de tantas mudanças, as organizações precisam repensar suas estratégias, o que inclui práticas que promovam a criação, transferência e retenção do conhecimento, alcunhada como gestão do conhecimento. A gestão do conhecimento (GC) envolve tanto a tecnologia quanto as pessoas, e administrar pessoas é uma tarefa bastante complexa, porque está muito além das práticas burocráticas do departamento pessoal. Ela envolve, entre outras ferramentas, a capacidade de gerenciar as pessoas por meio de suas competências e habilidades, para que a empresa seja atrativa para o mercado de recursos humanos, e retenha seus profissionais, resultando em produtividade e competividade.
Outro fator na gestão de pessoas, é que elas são detentoras do conhecimento da organização, portanto, se as empresas não disponibilizarem meios de reter esse conhecimento, o mesmo será perdido em um determinado período de tempo ou quando do desligamento desse profissional.
Neste contexto, este artigo pesquisou na literatura autores renomados que tratam do tema gestão do conhecimento, bem como em artigos publicados nos últimos dez anos, em diferentes periódicos, com o objetivo de identificar as práticas que as empresas estão utilizando para a retenção do conhecimento.
O conhecimento tem sido alvo de várias discussões, prova disso é o crescente número de simpósios, conferencias, artigos e publicações para tratar do assunto; de acordo com o site da Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento, entre os meses de agosto e setembro de 2015, acontecem dois importantes eventos: 15ª Conferencia ANPEI de Inovação Tecnológica (24 a 26 de Agosto de 2015 – PE) e o Simpósio Internacional de Inteligência Competitiva e Gestão do Conhecimento em Empresas – IntEmpres'2015 (14 a 16 de setembro de 2015, SP).
Algumas pessoas podem estar se perguntando o que tem de tão importante no conhecimento que somente agora está sendo evidenciado? Segundo (Davenport, Prusak, 1998), esse tema vem sendo tratado desde Platão e Aristóteles, entretanto somente há pouco tempo os gerentes se deram conta de sua importância.
Mas afinal, o que é o conhecimento? Para (Carvalho, 2012), a definição de conhecimento não é algo simples, por ser complexo, todos sabem o que é, mas não sabem explicar.
O conhecimento não se limita à definição de dado e informação, segundo (Davenport, Prusak, 1998), ele pode ser definido como uma mistura de experiências, valores, informação e insights, que resulta em novas experiências e novas informações.
Segundo (Davenport, Prusak, 1998), dados são um conjunto de fatos distintos e objetivos, relativos a eventos. Portanto, os dados sozinhos nada significam, são apenas uma parte dos acontecimentos, não podem ser interpretados e nem oferecem julgamento. Já a informação tem significado e está organizada para alguma finalidade. Pode-se dizer que a informação é o resultado do tratamento dos dados.
Corroborando com os autores, (Carvalho, 2012) afirma que:
- dado não é informação;
- informação não é conhecimento;
- conhecimento não é dado.
O autor complementa que o registro de um evento pode ser definido como dado, e que o conjunto de dados de um contexto, pode ser definido como informação. Analogicamente esse entendimento, comparando o dado a uma semente e a informação a um jardim (Carvalho, 2012).
O conhecimento refere-se ao tratamento da informação, ou seja, quando a informação é processada e absorvida, levando o indivíduo a uma tomada de decisão (Carvalho, 2012). Dessa forma, entende-se que é preciso saber administrar o conhecimento, de forma estruturada e integrada, através de práticas e ferramentas, que podem ser evidenciadas pela Gestão do Conhecimento.
(Takeuchi, Nonaka, 2008) destacam que o conhecimento é um paradoxo, porque é formado por dois componentes dicotômicos e aparentemente opostos – isto é, o conhecimento explícito e o conhecimento tácito. A respeito do conhecimento explícito, os autores mencionam que o mesmo pode ser expresso em palavras, números ou sons, e compartilhado na forma de dados, fórmulas cientificas, recursos visuais, fitas de áudio, especificações de produtos ou manuais, sendo rapidamente transmitido aos indivíduos. Já o conhecimento tácito, não é facilmente visível e explicável, ao contrário, ele é de difícil formalização, pois é pessoal e subjetivo.
Complementando, (Terra, 2005) compara o conhecimento tácito ao inconsciente, e acrescenta que está associado à inovação para solução de problemas, identificação de problemas e predicação e antecipação, sendo os dois últimos relacionados ao processo criativo.
Na visão de (Takeuchi, Nonaka, 2008), o conhecimento tácito está enraizado nas ações e na experiência corporal do indivíduo, assim como nos ideais, valores ou emoções que ele incorpora.
Para (Carvalho, 2012) o conhecimento explícito é o que identificamos como visível ou tangível, podendo ser transmitido por palavras, números, etc. Sobre o conhecimento tácito, o autor afirma que o mesmo não é palpável e muito menos explicável, além de ser de difícil compartilhamento.
Dessa forma, pode-se dizer que o conhecimento é complexo, pois ele é inerente às pessoas. Para ajudar nesse entendimento, (Takeuchi, Nonaka, 2008) apresentam no Quadro 1, as características associadas aos dois tipos de conhecimento.
Conhecimento tácito (subjetivo) |
Conhecimento explícito (objetivo) |
Conhecimento da experiência (corpo) |
Conhecimento da racionalidade (mente) |
Conhecimento simultâneo (aqui e agora) |
Conhecimento sequencial (lá e então) |
Conhecimento análogo (prática) |
Conhecimento digital (teoria) |
QUADRO 1 - Dois tipos de conhecimento
Fonte: (Takeuchi, Nonaka, 2008)
Os autores explicam que o conhecimento da experiência tende a ser tácito e subjetivo, enquanto que o conhecimento da racionalidade tende a ser explícito e objetivo. Complementam descrevendo que o conhecimento tácito para ser transmitido através da comunicação exige um tipo de processamento simultâneo das complexidades dos temas compartilhados.
Nesse contexto, entende-se que dentre os desafios que as organizações possuem, transformar o conhecimento tácito em explícito seja um deles.
A Gestão do Conhecimento (GC) tem sido alvo de estudo de diversos autores. Apesar de sua atual relevância, o conceito de conhecimento aplicado ao trabalho não é novo. Segundo (Savi et. al., 2010), frases contendo a palavra conhecimento já eram utilizadas por empresas de softwares, ao desenvolverem sistemas relacionados à atividades de ensino, captura e reuso de experiências adquiridas.
Com o surgimento da internet houve um aumento da capacidade humana de se comunicar, publicar e acessar informações, em qualquer parte do mundo, colaborando com o conhecimento de pessoas, que também acessam essas informações, de qualquer lugar, consequentemente passa a existir uma forma de gerenciar esse conhecimento, contemplada na Gestão do Conhecimento (Terra, 2005).
A respeito de gestão do conhecimento (Fleury, Oliveira Jr.,2008) definem como uma tarefa de identificar, desenvolver, disseminar e atualizar o conhecimento relevante para a empresa, seja por meio de processos internos, seja por meio de processos externos às empresas.
Embora o conhecimento seja intrínseco, as empresas buscam uma maneira de torna-lo acessível, sendo disseminado entre seus profissionais. A gestão do conhecimento é o meio pelo qual as empresas podem tornar isso possível.
Transformar a informação em conhecimento é o ponto de partida para a prática da gestão do conhecimento. Para (Alvarenga Neto et. al., 2007), a implementação de programas de gestão do conhecimento norteia e valida amplamente outras atividades vinculadas à GC, dentre as quais, destaca a gestão do capital intelectual, a aprendizagem organizacional, a criação e transferência do conhecimento, a gestão da inovação, as comunidades de prática e a inteligência competitiva.
Para que haja uma melhora no desempenho, é conveniente que as empresas exerçam a aprendizagem por intermédio do processo de conversão da aprendizagem individual em organizacional e da conversão dos tipos de conhecimento, tácito e explicito, resultando no alinhamento do conhecimento individual (Nogare e Ruppenthal, 2015).
A atual gestão de empresas é baseada em recursos, sejam eles humanos, materiais ou financeiros. Porém, os recursos humanos vêm se tornando cada vez mais importante para organizações, pois compreendem seu principal ativo, quer seja tangível ou intangível. Segundo Fleury e Oliveira Jr. (2008), a visão baseada em recursos denomina as competências que a empresa possui como ativo intangível e estrategicamente relevante, portanto, deve ser cultivado nas empresas.
Para (Takeuchi, Nonaka, 2008), uma organização cria e utiliza o conhecimento convertendo o conhecimento tácito em explícito, e vice-versa, perpassando por quatro modos de conversão de conhecimento popularizado como modelo SECI, conforme demonstrado no Quadro 2:
MODOS |
DESCRIÇÃO |
|
1 |
Socialização: de tácito para tácito |
Compartilhar e criar conhecimento tácito através de experiência direta. |
2 |
Externalização: de tácito para explícito |
Articular conhecimento tácito através do diálogo e da reflexão. |
3 |
Combinação: de explícito para explícito |
Sistematizar e aplicar o conhecimento explícito e a informação. |
4 |
Internalização: de explícito para tácito |
Aprender e adquirir novo conhecimento tácito na prática. |
QUADRO 2 – Modos de Conversão do Conhecimento
Fonte: (Takeuchi, Nonaka, 2008)
Diante desse quadro, nota-se que as organizações dependem das pessoas para criar conhecimento, uma vez que o conhecimento tácito está no indivíduo e depende de mecanismos para que seja disseminado.
Nesse viés, Carvalho et. al. (2012) salienta que, após a implantação de novas práticas, as organizações também incorporam em seus processos novos conceitos envolvendo pessoas de modo que sejam alcançados os objetivos estratégicos e cumprida a missão institucional.
De acordo com (Davenport, Prusak, 1998)(1998), o modo mais eficaz de se conseguir o conhecimento é a compra, ou seja, através da aquisição de uma empresa ou a contratação de pessoas que possuam o conhecimento. Diante disso, é cada vez mais comum as empresas adquirirem outras empresas especificamente por seu conhecimento.
(Fleury, Oliveira Jr., 2008) asseguram que o conhecimento não está no indivíduo, mas sim num grupo de pessoas que trabalham juntas, disponibilizando seu conhecimento por práticas oriundas do saber fazer, também conhecida de know-how.
Compartilhando deste pensamento, (Terra, 2005) acrescenta que o aprendizado organizacional está diretamente ligado ao processo de transferência do conhecimento, e que isso depende de diversos contextos, entre os quais cita o indivíduo, o ambiente e suas características, conforme demonstra a Figura 1:
FIGURA 1 – Processo de Transferência de Conhecimento
Fonte: Terra (2005)
Com o aprendizado, o conhecimento melhora, proporcionando ganhos para o indivíduo e para a organização, colocando a mesma em posição de destaque no mercado, devido à sua capacidade de inovar.
Para (Batista et. al. 2005) as práticas de gestão do conhecimento podem ser definidas como práticas de gestão organizacional voltadas para produção, retenção, disseminação, compartilhamento e aplicação do conhecimento dentro das organizações, bem como na relação dessas com o mundo exterior.
A Figura 2 demonstra o espiral do conhecimento preconizado por (Takeuchi, Nonaka, 2008), evidenciando que a criação do conhecimento inicia com a socialização e passa pelos quatro modos de conversão, formando um espiral, demonstrado na Figura 2:
FIGURA 2 – Espiral do conhecimento
Fonte: Takeuchi & Nonaka (2008). Gestão do conhecimento
Os autores ressaltam que a criação do conhecimento passa por cinco subprocessos: (1) compartilhamento do conhecimento tácito, (2) criação dos conceitos, (3) justificação de conceitos, (4) construção de um protótipo, e (5) nivelamento transversa do conhecimento (TAKEUCHI & NONAKA, 2008)
Neste mesmo cerne, (Batista et. al. 2005) destacam que as práticas de gestão do conhecimento podem ser definidas como práticas de gestão organizacional voltadas para produção, retenção, disseminação, compartilhamento e aplicação do conhecimento dentro das organizações, bem como na relação dessas com o mundo exterior.
Dessa forma, pode-se dizer que a criação do conhecimento é um processo, que começa com o indivíduo compartilhando suas experiências com o grupo. Esse grupo deve interagir para que a troca de experiências aconteça, resultando na transferência do conhecimento tácito para o conhecimento explícito.
As pessoas que compõem as organizações são as responsáveis pela aquisição, criação, disseminação e retenção do conhecimento. Destarte a gestão de pessoas ou do capital humano, torna-se primordial para a gestão do conhecimento.
A cerca do capital humano (Carvalho, 2012) elucida que, diferentemente de recursos humanos, o capital humano corresponde à soma de todos os conhecimentos explícitos e tácitos da organização, podendo se tornar complexo uma vez que trata da relação entre os dois. Ou seja, as pessoas são fontes de conhecimento, e assim elas se configuram como capital humano das organizações.
O Quadro 3 ilustra as três esferas para a prática de conhecimento e seus objetivos. Segundo (Carvalho, 2012), as práticas de conhecimento na gestão do capital humano compreendem três esferas que interagem entre si: (1) educação corporativa, (2) análise de gaps de conhecimento e (3) mapeamento de competências.
ESFERA |
OBJETIVO |
Educação corporativa |
Desenvolver e fortalecer o conhecimento e as competências organizacionais por meio da aprendizagem baseada nas necessidades estratégicas da organização. |
Análise de gaps de conhecimento |
Verificar quais os conhecimentos que a organização deve criar ou adquirir para alcançar seus objetivos, e, analisar essas lacunas para determinar quais conhecimentos devem ser conquistados para o futuro. |
Mapeamento de competências |
Mapear os conhecimentos organizacionais, afim de ilustrar o potencial humano da organização, mostrando aquilo que ela está apta a fazer dentro de seu campo de atuação. |
QUADRO 3 – Esferas das práticas de conhecimento
Fonte: Carvalho (2012)
Isto posto, verifica-se que as sem as pessoas, as organizações tendem a perder todo o conhecimento, o que significa que cada vez ais as organizações precisam pensar em estratégias para a retenção do conhecimento.
Para (Liebowitz, 2011), as organizações que estão adotando atividades de retenção de conhecimento estão ganhando uma vantagem competitiva. O autor enfatiza ainda que as empresas precisam se preocupar com a retenção do conhecimento. (Liebowitz, 2011) cita que um artigo publicado em 2010 no The Washington Post demonstra que 90 por cento dos executivos do governo americano são elegíveis para aposentadoria, o que deveria ser motivo de preocupação caso não houvesse uma estratégia para retenção do conhecimento no planejamento de sucessão. Ele também chama a atenção para o fato de que o conhecimento encontra-se nas mãos de pessoas-chave, comumente relacionadas às lideranças, e completa que sem um forte programa de retenção, a empresa torna-se vulnerável à perda de conhecimento.
Segundo (Liebowitz, 2011), o processo de retenção do conhecimento deve ser aplicado pela organização desde o primeiro dia de emprego do empregado. O autor expõe que em seu livro Knowledge Retention: Strategies and Solutions, ele aborda a importância de ter quatro pilares fundamentais subjacentes a uma estratégia de retenção de conhecimento:
Cada vez mais se torna imprescindível que as organizações tenham estratégias para a retenção do conhecimento. Essas estratégias estão inseridas na Gestão do Conhecimento, e envolvem todas as pessoas da organização, bem como o maior número possível de ferramentas que auxiliem nesse processo.
Este artigo ateve-se à pesquisa bibliográfica, ou seja, buscou-se na literatura informações condizentes com o tema da pesquisa, provenientes de material gráfico ou informatizado, com o intuito de adquirir conhecimentos (PRESTES, 2007).
Foi realizada uma pesquisa durante o mês de Agosto de 2015, em diferentes bases de dados, com os seguintes descritores: gestão do conhecimento, criação do conhecimento e retenção do conhecimento. A Figura 4 demonstra o total de artigos localizados por descritor.
FIGURA 4 – Recorte descritivo do total de artigos localizados
Fonte: Dados da pesquisa (2015)
A Figura 4 confirma que para o descritor gestão do conhecimento, foram encontrados 46 artigos, enquanto que para a retenção do conhecimento, a pesquisa retornou 28 artigos, e para o descritor criação do conhecimento, encontrou 09 artigos. Todos os artigos utilizados para este estudo estão relacionados nas tabelas 1, 2 e 3, divididas de acordo com o descritor pesquisado.
ARTIGOS IDENTIFICADOS COM O DESCRITOR CRIAÇÃO DO CONHECIMENTO | ||||
Artigo | Título | Autores | Periódico | Ano |
1 | Análise das contribuições da Indústria do Conhecimento para o acesso do trabalhador à informação e conhecimento | Godoy, T. A. T. de | Dissertação do Mestrado SOCIESC | 2012 |
2 | Análise das contribuições dos sistemas de workflow para o processo de geração de conhecimento: um estudo de caso múltiplos | Schmitz, Q. T. | Dissertação do Mestrado SOCIESC | 2012 |
3 | Aprendizagem organizacional e capacitação dos servidores técnico-administrativos do CEFET-MG e da UFMG | Santos, S. B. dos | Mestrado UFMG | 2011 |
4 | Contribuições do sistema de acompanhamento para a criação de conhecimento em uma empresa varejista | Espindola, O. | Dissertação do Mestrado SOCIESC | 2012 |
5 | As organizações que aprendem, segundo Peter Senge | Riche, G. A. e Alto, R. M. | Cadernos Discentes COPPEAD | 2001 |
6 | La complejidad del conocimiento: retos para su eficaz creación y transferencia en la organización innovadora | Comorera, V. O. | Estudios Gerenciales | 2012 |
7 | Ferramenta de captação de ideias em organização intensiva em conhecimento | Krause, M. et al | Espacios | 2014 |
8 | Gestão do Conhecimento - relações entre Criação de Conhecimento e Design Thinking | Carvalho, I. M. et al | Espacios | 2012 |
9 | Knowledge sharing and creation: defining the concepts and relationships between the terms | Freire, P. S. et al | Espacios | 2013 |
TABELA 1 – Artigos identificados com o descritor criação do conhecimento
Fonte: Dados da pesquisa
----
ARTIGOS IDENTIFICADOS COM O DESCRITOR RETENÇÃO DO CONHECIMENTO | ||||
Artigo | Título | Autores | Periódico | Ano |
10 | Effectiveness of Simulation on Knowledge Acquisition, Knowledge Retention, and Self-Efficacy of Nursing Students in Jordan | Akhu-Zaheya, L. M.; Gharaibeh, M. K.; Alostaz, Z. M. | Clinical Simulation in Nursing | 2013 |
11 | Creating Online Storylines for Increasing the Knowledge Retention | Dös, B. | Elsevier | 2015 |
12 | Assessment of student learning patterns,performance,and long-term knowledge retention following use of didactic lecture compared team-based learning | Farland, M. Z. et al | Elsevier | 2015 |
13 | Effect of Simulation on Knowledge of Advanced Cardiac Life Support, Knowledge Retention, and Confi dence of Nursing Students in Jordan | Tawalbeh, L. I. e Tubaishat, A. | Journal of Nursing Education | 2014 |
14 | Using Student Modeling to Estimate Student Knowledge Retention | Wang, Y. e Beck. J. E. | Worcester Polytechnic Institute | 2015 |
15 | Memória e formalização social do passado nas organizações | Costa, A. S. M. e Saraiva, L. A. S. | RAP - FGV | 2011 |
16 | A construção da memória organizacional utilizando o gerenciamento e processo nas pactuações da comissão intergestores bipartite do Sistema Único de Saúde | Remor, L. C. et al | Encontros Bibli | 2009 |
17 | Meditation in the Higher-Education Classroom: Meditation Training Improves Student Knowledge Retention during Lectures | Ramsburg, J. T. e Youmans, R. J. | Springer Science+Business Media New York | 2013 |
18 | AI techniques can help organizations achieve success in today's demanding environment | Liebowitz, J. | IEEE Computer Society | 2010 |
19 | Evaluation of New Information Technologies Exposure on Knowledge Retention Regarding Benefits of Physical Activity on Health Status | Pinheiro, P.; Esteves, D.; Brás, R. | The Electronic Journal Information Systems Evaluation | 2011 |
20 | Processo de desenvolvimento de sistemas de informação comoforma de retenção do conhecimento organizacional para aplicação estratégica: estudo de múltiplos casos | Zaidan, F. H. | Dissertação FUMEC | 2008 |
21 | Gestão do conhecimento e a retenção do conhecimento estratégicos na transição do desligamento de colaboradores nas organizações | Santos, A. P. S. e Yamaguchi, C. K. | IV Seminário de Ciências Sociais Aplicadas | 2014 |
22 | Implantação de metodologia de identificação e retenção do conhecimento crítico organizacional | Goulart, S. e Angeloni, M. T. | KM Brasil | 2011 |
23 | Jogos Digitais como Objetos de Aprendizagem: Apontamentos para uma Metodologia de Desenvolvimento. | Mendes, T. G. | SBC - Proceedings of SBGames | 2011 |
24 | The Effects of Teaching Methods in Leadership Knowledge Retention: An Experimental Design of Lecture, Experiential, and Public Pedagogy | Williams, J. e McClure, M. | Journal of Leadership Education (p. 97) | 2010 |
25 | Impact of Group development knowledge on students perceived importance and confidence of group work skills | Coers, N.; Williams, J.; Duncan, D. | Journal of Leadership Education (p. 112) | 2010 |
26 | Memória Institucional: uma revisão de literatura | Rueda, V. M. S.; Freitas. A.; Valls, V. M. | CRB-8 Digital | 2011 |
27 | How do organizations remember? The influence of organizational structure on organizational memory | Fiedler, M. e Welpe, I. | Organization Studies | 2010 |
28 | Narratives and memory in organizations | Rowlinson, M.; et al | Organization | 2014 |
29 | Retenção de conhecimento na Internet: o papel do Twitter | Silva, H. S.; Valls, V. M. | CRB-8 Digital | 2008 |
30 | Vantagens do uso de tecnologias para criação, armazenamento e disseminação do conhecimento em bibliotecas universitárias | Duarte, E. N. et al | TransInformação | 2006 |
31 | Gestão de Pessoas como fator de retenção de conhecimento - um etudo e caso em um hostpila do Vale do Rio Pardo | Migowski, S. et al | Negócios e Talentos | 2011 |
32 | Práticas de Gestão do Conhecimento em empresas de software: grau de contribuição ao processo de especificação de requisitos | Coser, M. A. | GEPROS | 2012 |
33 | Competência Organizacional e Aprendizagem Organizacional: A Relação dos Conceitos por meio das Rotinas Organizacionais | Raupp, D. F. R. et al | VI Encontro de Estudos em Estratégias | 2013 |
34 | Retenção de conhecimento organizacional e rotatividade de pessoal nas seções de inativos e pensionistas do exército brasileiro | Lobato, D. S. B. | Tese de Doutorado. Universidade Estácio de Sá | 2013 |
35 | Práticas de GC que promovem a retenção de conhecimento tecnologico no setor de pesquisa e desenvolvimento | Helmann, C. L. e Carvalho, H. G. | ENEGEP | 2007 |
36 | Sistema WEB para criação de um repositório de conhecimento e suporte à memória organizacional | Souza, J. J. | Dissertação do Mestrado SOCIESC | 2012 |
37 | Desafios e Vantagens Competitivas em reteer conhecimento das organizações | Zaidan, F. H. e Jamil, G. L. | Pretexto | 2007 |
TABELA 2 – Artigos identificados com o descritor retenção do conhecimento
Fonte: Dados da pesquisa
----
ARTIGOS IDENTIFICADOS COM O DESCRITOR GESTÃO DO CONHECIMENTO | ||||
Artigo | Título | Autores | Periódico | Ano |
38 | A gestão do conhecimento: conectando estratégia e valor para a empresa | Francini, W. S. | RAE-eletrônica | 2002 |
39 | Gestão do conhecimento – um desafio a ser administrado | Reis, Z. C. e Milan, G. S. | Revista Produção | 2009 |
40 | Armazenamento de conhecimento explícito referente ao DFA (Design for Assembly ) utilizando regras baseadas em casos | Savia, A. F. et al | Produção USP | 2010 |
41 | Knowledge Workers and the Principle of 3S (Self-management, Selforganization, Self-control) | Mládková, L. | Procedia - Social and Behavioral Sciences | 2015 |
42 | Gestão do conhecimento em empresas de consultoria ambiental | Costanzoa, B. P.; Sánchezb, L. E. | Production | 2014 |
43 | Gestão do conhecimento ou gestão de organizações da era do conhecimento? Um ensaio teórico a partir de intervenções na realidade brasileira | Alvarenga, R. C. D., et al | Perspectivas em Ciencia da Informação | 2007 |
44 | Gestão do conhecimento de reclamações de clientes em call centers | Popadiuk, S. | RAM | 2009 |
45 | Narrativas para a gestão de mudanças: um estudo de caso na indústria vireira | Brusamolin, V. | Transinformação | 2011 |
46 | Os impactos da gestão do conhecimento na orientação estratégica, na inovatividade e nos resultados organizacionais: uma survey com empresas instaladas no brasil | Ferraresi, A. A. et al | RAM | 2014 |
47 | Aproximações entre Gestão do Conhecimento e Processos de Negócios: uma revisão de literatura a partir do mapeamento dos artigos mais citados na ISI Web of Science | Hurtado, S. R. B. et al | GEPROS | 2012 |
48 | Gestão de Competências, Gestão do Conhecimento e Organizações de Aprendizagem – instrumentos de apropriação pelo capital do saber do trabalhador | Brito, L. M. P. | Cadernos de Educação | 2008 |
49 | Da propriedade intelectual à economia do conhecimento | Dowbor, L. | RISUS | 2008 |
50 | A utilização de práticas de Gestão do Conhecimento para a retenção de Conhecimento Táciro Organiacional: o caso da CASAN | Silva, R. W. e Santos, R. A. S. | RECCSA | 2012 |
51 | Apropriação tecnológica na economia do conhecimento: inovação e propriedade intelectual de software na América Latina | Tigre, P. B. e Marques, F. S. | Economia e Sociedade | 2009 |
52 | Repositórios institucionais como ferramentas de gestão do conhecimento científico no ambiente acadêmico | Leite, F. C. L. e Costa, S. | Perspect. ciênc. inf | 2006 |
53 | Modelo de conhecimento para mapeamento de instrumentos da gestão do conhecimento e de agentes computacionais da engenharia do conhecimetnto | Rautenberg, S. et al | Perspectivas em Ciência da Informação | 2011 |
54 | Gestão do Conhecimento | Pacheco, F. I. et al | Minist. Do Planejamento | 2002 |
55 | Gestão do Conhecimento e o Processo de Retenção de Talentos: desafio da liderança | Constantino, M. A. C. et al | XIII SEMEAD | 2010 |
56 | Práticas e Ferramentas de Gestão do Conhecimento no Âmbito da Administração Tributária de Minas Gerais: Oportunidade para uma Política Institucional | Gonçalves, S. F. R. e Vasconcelos, M. C. R. L. | ENANPAD | 2011 |
57 | Inteligência organizacional: um referencial integrado | Moresi, E. A. D. | Ci. Inf. - Brasília | 2001 |
58 | Um estudo de caso sobre a gestão do conhecimento na empresa Perdigão S/A | Oliveira, A. C. | XXIX Enc. Nac. Enga de Prod | 2009 |
59 | Investigação dos aspectos que sustentam a gestão do conhecimento nas organizações: relações entre o estilo e as ferramentas utilizadas | Peukert, L. W. C. et al | pensamiento y gestión | 2013 |
60 | Strategic process and organizational knowledge: Towards a pattern of strategic knowledge management | Santos, D. E. M. e Takahashi, A. R. W. | Tourism & Management Studies | 2013 |
61 | Contribución de la gestión de recursos humanos a la gestión del conocimiento | Gelabert, C. M. e Martinez, A. A. | estudios gerenciales | 2012 |
62 | Knowledge management and organizational development | Gonzalez, R. V. D. e Martins, M. F. | Espacios | 2014 |
63 | Knowledge management in incubated enterprises: using the KMD method | Dihl, W. et al | Espacios | 2013 |
64 | Knowledge management and competence management: New possibilities based on an integrated model | Bitencourt, C. C. e Oliveira, M. | Espacios | 2012 |
65 | Gestión de conocimiento articulada a la perspectiva estrategica de la organización: el caso de HL Ingenieros S.A. | Ortegón, A. M. et al | Espacios | 2015 |
66 | Disseminação do conhecimento e periódicos científicos: contribução para o debate em terapia ocupacional | Oliver, F. C. | Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar | 2009 |
67 | Metodologia inovadora de disseminação do conhecimento científico e tecnológico: criação de núcleo itinerante de apoio educacional informal para a modernização da agricultura familiar de comunidades rurais do Estado do Amazonas | Miranda, I. P. A. | Inc. Soc., Brasília | 2013 |
68 | A prática da Gestão do Conhecimento através do compartilhamento de conhecimento: um estudo das empresas do setor metal-mecânico da região de Joinville/SC | Schröder, C. C. | Dissertação do Mestrado SOCIESC | 2013 |
69 | A disseminação do conhecimento no ramo hoteleiro | Gomes Filho, A. C. e Silva, R. A. G. | VIII Convibra Administração | 2011 |
70 | Ferramentas de disseminação do conhecimento em uma instituição de C, T&I de defesa nacional | Carvalho, A. R. S. et al | Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação | 2006 |
71 | Obtenção e disseminação do cohecimento numa empresa pública de informática | André, B. M. | Dissertação do Mestrado UFSC | 2011 |
72 | Estratégias para disseminação do conhecimento organizacional: o papel da arquitetura da informação | Teixeira, T. M. C. e Valentim, M. L. P. | Inf. Inf., Londrina | 2012 |
73 | Examining Organizational Innovation and Knowledge Management Capacity: The Central Role of Strategic Human Resources Practices (SHRPs) | Fındıklıa, M. A. et al | Elsevier - Procedia | 2015 |
74 | Knowledge transfer and cross-border acquisition performance: The impact of cultural distance and employee retention | Ahammada, M. F. et al | Elsevier - International Business Review | 2014 |
75 | Difusão da informação na administração pública | Ribeiro, C. P. P. et al | TransInformação | 2011 |
76 | Para além dos aspectos tecnológicos na transferencia intercultural de conhecimento: o papel da área de recursos humanos internacional | Henriques, A. C. V. et al | REAd | 2013 |
77 | Gestão do conhecimento e comunicação organizacional: etudo da aplicação de um modelo de comunicação organizacional para disseminação do conhecimento | Gonçalves, C. O. et al | UFRJ | 2009 |
78 | Arqueologia do trabalho imaterial: uma aplicação bibliométrica à análise de dissertações e teses | Kobashi, N. Y. e Santos, R. N. M | Enc. Bibli: R. Eletr. Bibliotecon | 2008 |
79 | FGCConv: Ferramenta de gestão de conhecimento convergente | Traiontti Filho, A. M. | Dissertação do Mestrado SOCIESC | 2014 |
80 | A aprendizagem organizacional e a inovação: o caso Pfizer | Balceiro, R. B. e Balceiro, L. B. | COPPE - UFRJ | 2004 |
81 | Práticas de gestão do conhecimento: análise da utilização e seus impactos em empresas situadas num condomínio empresarial de Joinville | Milano, M. C. D. | Dissertação do Mestrado SOCIESC | 2011 |
82 | Compartilhamento do conhecimento em portais corporativos | Moresi, E. A. D. e Mendes, S. P. | Transinformação | 2010 |
83 | Fluxo de conhecimento interorganizacional: estudo de múltiplos casos em uma cadeia produtiva | Kurtz, D. J. et al | Espacios | 2013 |
A correlação dos descritores deste artigo com os respectivos descritores encontrados na pesquisa, pode ser visualizada nas Tabelas 4, 5 e 6.
CRIAÇÃO DO CONHECIMENTO | |||||||||||
DESCRITORES | ARTIGOS | ||||||||||
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | TOTAL | ||
1 | Aprendizagem organizacional | x | x | x | x | 4 | |||||
2 | Captação de ideias | x | 1 | ||||||||
3 | Conhecimento | x | 1 | ||||||||
4 | Criação do conhecimento | x | x | x | x | x | 5 | ||||
5 | Gestão co conhecimento | x | x | 2 | |||||||
6 | Informação | x | 1 | ||||||||
7 | Inovação | x | 1 | ||||||||
8 | Transferência | x | x | 2 | |||||||
9 | Workflow | x | 1 |
TABELA 4 – Criação do conhecimento
Fonte: Dados da pesquisa
Para o descritor criação do conhecimento, a Tabela 4 demonstra nove variáveis para os descritores, sendo que os descritores criação do conhecimento e aprendizagem organizacional aparecem em maior quantidade, representando, respectivamente, 28% e 22% do total de descritores.
RETENÇÃO DO CONHECIMENTO |
||||||||||||||||||||||||||||||
DESCRITORES |
ARTIGOS |
|||||||||||||||||||||||||||||
10 |
11 |
12 |
13 |
14 |
15 |
16 |
17 |
18 |
19 |
20 |
21 |
22 |
23 |
24 |
25 |
26 |
27 |
28 |
29 |
30 |
31 |
32 |
33 |
34 |
35 |
36 |
37 |
Total |
||
1 |
Aprendizagem organizacional |
x |
x |
x |
x |
x |
x |
6 |
||||||||||||||||||||||
2 |
Aquisição do conhecimento |
x |
x |
x |
3 |
|||||||||||||||||||||||||
3 |
Conhecimento |
x |
x |
x |
x |
x |
5 |
|||||||||||||||||||||||
4 |
Educação |
x |
x |
x |
x |
x |
5 |
|||||||||||||||||||||||
5 |
Estratégia |
x |
x |
2 |
||||||||||||||||||||||||||
6 |
Gestão do conhecimento |
x |
x |
x |
x |
x |
x |
x |
x |
x |
x |
10 |
||||||||||||||||||
7 |
Gestão de Pessoas |
x |
1 |
|||||||||||||||||||||||||||
8 |
Identificação do conhecimento |
x |
1 |
|||||||||||||||||||||||||||
9 |
Inovação |
x |
x |
2 |
||||||||||||||||||||||||||
10 |
Inteligencia estratégica |
x |
1 |
|||||||||||||||||||||||||||
11 |
Memória Organizacional |
x |
x |
x |
x |
x |
x |
6 |
||||||||||||||||||||||
12 |
Networking |
x |
1 |
|||||||||||||||||||||||||||
13 |
Redes sociais |
x |
1 |
|||||||||||||||||||||||||||
14 |
Retenção do conhecimento |
x |
x |
x |
x |
x |
x |
x |
x |
x |
x |
x |
x |
x |
13 |
|||||||||||||||
15 |
Tecnologia |
x |
x |
x |
x |
x |
5 |
TABELA 5 - Retenção do conhecimento
Fonte: Dados da pesquisa
Em relação ao descritor retenção do conhecimento, nota-se na Tabela 5 um total de 15 variáveis, das quais destaca-se que 21% representam a variável retenção do conhecimento, 16% gestão do conhecimento e 10% para aprendizagem e memória organizacional.
GESTÃO DO CONHECIMENTO | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
DESCRITORES | ARTIGOS | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
38 | 39 | 40 | 41 | 42 | 43 | 44 | 45 | 46 | 47 | 48 | 49 | 50 | 51 | 52 | 53 | 54 | 55 | 56 | 57 | 58 | 59 | 60 | 61 | 62 | 63 | 64 | 65 | 66 | 67 | 68 | 69 | 70 | 71 | 72 | 73 | 74 | 75 | 76 | 77 | 78 | 79 | 80 | 81 | 82 | 83 | TOTAL | ||
1 | 3S | x | 1 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
2 | AcumuLação do conhecimento | x | 1 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
3 | Aplicação do conhecimento | x | 1 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
4 | Aprendizagem organizacional | x | x | x | x | x | 5 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
5 | Aqusição do conhecimento | x | 1 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
6 | Capital intelectual | x | x | x | 3 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
7 | Comunicação organizacional | x | x | 2 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
8 | Conhecimento | x | x | x | x | x | x | x | x | 8 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
9 | Conhecimento organizacional | x | x | 2 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
10 | Construção de sentido | x | 1 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
11 | Criação do Conhecimento | x | 1 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
12 | Cultura Organizacional | x | x | x | 3 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
13 | Disseminação do conhecimento | x | x | x | x | x | x | x | 7 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
14 | Economia do Conhecimento | x | x | 2 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
15 | Educação informal | x | 1 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
16 | Estratégia | x | x | x | x | x | x | x | 7 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
17 | Ferramentas da GC | x | 1 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
18 | Fluxo do conhecimento | x | 1 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
19 | Gestão co conhecimento | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | x | 35 | |||||||||||
20 | Gestão da informação | x | 1 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
21 | Gestao do Capital Humano | x | x | 2 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
22 | Inovação | x | x | x | x | x | x | 6 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
23 | Inteligencia Artificial | x | 1 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
24 | Mudança | x | 1 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
25 | Ontologia | x | 1 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
26 | Repositórios do conhecimento | x | x | x | 3 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
27 | Sociedade do conhecimento | x | 1 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
28 | Tecnologia | x | x | x | x | x | x | x | 7 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
29 | Trabalhadores do conhecimento | x | 1 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
30 | Vantagem Competitiva | x | 1 |
Por fim, a Tabela 6 representa o descritor que obteve o maior número de retorno de artigos, gestão do conhecimento, totalizando 30 variáveis. Destas, a gestão do conhecimento lidera com 32%, na sequencia fica a variável conhecimento com 7% e disseminação do conhecimento, tecnologia e estratégias, com 6% cada.
As empresas precisam repensar em suas estratégias para a retenção do conhecimento por meio da retenção das pessoas, haja visto que o número de pessoas idosas no Brasil tem aumentado e, consequentemente, esse número reflete dentro das organizações, que contará também com trabalhadores idosos (GRUDZINSKI ET. AL., 2013).
Os autores apresentam na Figura 3 um modelo de referência para a retenção de conhecimento nas PME (pequena e média empresa):
FIGURA 3 – Modelo para a retenção de conhecimento dentro das PME
Fonte: Grudzinski et al (2013)
Neste modelo, o processo de retenção inicia com a identificação do potencial de perda do conhecimento. No que tange a estratégias de retenção do conhecimento, a mesma é composta por quatro principais construtos: alinhamento com a estratégia de negócios, transparência, viabilidade e flexibilidade. Da mesma forma, a cultura de aprendizagem caracteriza-se por quatro construções principais: trabalho em equipe, colaboração, adaptabilidade e solidariedade. O uso das ferramentas TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) referem-se à medida que aplicações de TIC podem ser usadas para facilitar o processo de retenção de conhecimento. Todo o processo necessita ter o apoio e a participação da alta gerência (GRUDZINSKI ET. AL., 2013).
Para os autores, o fato de que os trabalhadores idosos detêm habilidades e experiência para resolução de problemas relacionados com o campo de conhecimento, os mesmos podem se tornar mentores valiosos para os mais jovens, assim como pessoas estratégicas para a tomada de decisão da empresa, cooperando para a produtividade, inovação e mudança.
A Memória Institucional é importante para a estratégia de retenção do conhecimento que é formada a partir da memória individual. Para (Rueda et. al. 2011) durante a trajetória de uma empresa, a mesma produz uma vasta quantidade de documentos fundamentais para preservação da Memória Institucional. Ou autores pontuam que a diferença entre Memória Institucional e Memória Organizacional está no foco de cada atividade. A primeira acena para a sua identidade, a sua criação, já a outra leva à ideia da eficácia que aceita mudanças em seu trajeto (Rueda et. al., 2011).
Dessa forma, tanto a Memória Institucional quanto à Memória Organizacional precisa ser preservada no intuito de promover a transferência do conhecimento. Porém, as práticas utilizadas para essa transferência ainda não são claras, uma vez que os últimos anos foram marcados pelo crescimento da tecnologia, que muitas vezes coloca em dúvida a transferência do conhecimento a respeito da Memória Institucional.
De acordo com (Silva, Santos, 2012), atualmente o mercado de trabalho exige que os funcionários tenham maior conhecimento para o ingresso nas empresas, e que este conhecimento pode advir da formação escolar ou das experiências acumuladas. Sendo assim, é de interesse das empresas transformar essas experiências em conhecimento e prática. Mas encontrar o melhor caminho para a prática desse processo não é uma tarefa fácil, uma vez que o conhecimento é oriundo das experiências do indivíduo, pode-se dizer que ele é acumulado diariamente e precisa de incentivos para externa-lo.
Diante deste contexto, (Silva, Santos, 2012) abordam as comunidades de prática como uma técnica favorável para o processo de transmissão do conhecimento, e podem ser definidas como estruturas auto organizadas, responsáveis pela construção do conhecimento aplicado na prática do dia a dia, onde as interpretações e os significados são assimilados por seus constituintes, transformando-se no conhecimento estratégico tão procurado.
O Raciocínio Baseado em Casos – RBC, de acordo com (Savi et. al. 2010) é uma ferramenta para a solução de problemas e para o aprendizado com base em experiências passadas. Ou seja, com um olhar no passado, torna-se mais fácil tomar uma decisão em determinada situação, pois tem-se a noção do que deu certo ou errado naquela ocasião.
O fato de que algumas empresas pratiquem a Gestão do Conhecimento não significa que elas saibam como recuperar o conhecimento armazenado. Presume-se que o RBC seja uma ferramenta de ajuda nesse processo. O Quadro 4 representa os elementos básicos de um sistema de raciocínio baseado em casos, segundo (Savi et. al. 2010):
ELEMENTO |
DESCRIÇÃO |
Representação do conhecimento |
Em um sistema de RBC, o conhecimento é representado principalmente em forma de casos que descrevem experiências concretas. No entanto, se for necessário, também outros tipos de conhecimento sobre o domínio de aplicação podem ser armazenados em um sistema de RBC, por exemplo, casos abstratos e generalizados, tipos de dados, modelo de objetos usados como informação. |
Medida de similaridade |
A capacidade de encontrar um caso relevante para o problema atual na base de casos e de responder à pergunta quando este for relembrado, devido à sua similaridade ao novo problema. |
Adaptação |
Situações passadas representadas como casos dificilmente serão idênticas às do problema atual. Sistemas de RBC avançados têm mecanismos e conhecimento para adaptar os casos recuperados completamente, para verificar se satisfazem às características da situação presente. |
Aprendizado |
Para que um sistema se mantenha atualizado e evolua continuamente, sempre que ele resolver um problema com sucesso, deverá ser capaz de lembrar dessa situação no futuro como mais um caso. |
QUADRO 4 – Elementos básicos de um sistema de raciocínio baseado em casos
Fonte: Savi et. al. 2010
Para que esse sistema funcione, é preciso criar uma base de dados com os casos passados, para que os mesmos possas ser consultados sempre que necessário. (Savi et. al. 2010) expõe que esse banco de casos precisa ser elaborado de forma organizada e sistemática, que deve contemplar um conjunto de subtarefas, entre as quais cita o assessoramento da situação, casamento e seleção. A utilização de fichas com informações dos casos, pode ser um modelo de cadastro de informações. Essas informações devem ser ordenadas conforme o assunto, por exemplo, pode conter o problema ou sintoma, a solução daquele problema, algumas observações, e até mesmo um desenho ou imagem representando o problema e a solução.
Com base no mapeamento de descritores, fez-se um recorte dos artigos utilizando-se da sistemática relevância com o tema, e os artigos utilizados para compor esse estudo estão relacionados no Quadro 5 e referenciados de acordo com a numeração. Esse quadro contempla de forma sucinta os autores, ano de publicação, título, objetivo e resultados.
QUADRO 5 – Síntese dos artigos levantados pela pesquisa
Fonte: Dados da pesquisa (2015)
-----
QUADRO 5 – Síntese dos artigos levantados pela pesquisa
Fonte: Dados da pesquisa (2015)
O conhecimento é um assunto que precisa ser mais explorado. Muito se fala sobre a gestão do conhecimento e da sua relevância para as estratégias das empresas, porém ainda se faz muito pouco para colocá-la em prática.
O objetivo deste artigo era identificar na literatura as práticas utilizadas pelas empresas para reter o conhecimento das pessoas e se manter competitivas no mercado. Nesse sentido, pode-se dizer que o objetivo foi atingido. As empresas demonstram um grande interesse pela GC, mas muitas ainda não sabem identificaram as ferramentas adequadas passa sua retenção.
Alguns autores sugerem que cuidar do capital humano é o ideal, já que as pessoas são detentoras do conhecimento tácito, por intermédio da retenção de pessoas, ou talentos, inclusive das pessoas idosas, que podem ser readmitidas, estrategicamente, para auxiliar na transferência do conhecimento. Outros, admitem que o uso de tecnologias favorece a retenção e a transferência do conhecimento. E por fim, se fala na importância da memória organizacional como forma de retenção do conhecimento.
Em síntese, a pesquisa demonstrou que a retenção do conhecimento precisa estar inserida no processo de gestão do conhecimento, e que cada empresa precisa encontrar as práticas que mais se associem à sua cultura.
Alvarenga Neto, R. C. D. de; Barbosa, Ricardo R.; Pereira, Heitor J. (2007); Gestão do conhecimento ou gestão de organizações da era do conhecimento? Um ensaio teórico-prático a partir de intervenções na realidade brasileira. Perspectivas em Ciência da Informação; v. 12, n.1, p. 5-24.
Batista, F. F. et al. (2005). Gestão do conhecimento na administração pública. Disponível em: <http//:www.ipea.gov.br>. Acesso em: 22 de Agosto de 2015. Texto para discussão nº. 1095.
Carvalho, F. C. A. (2012); Gestão do Conhecimento. São Paulo: Editora Pearson, 298 p.
Carvalho, I. M.; Arbex, D. F.; Varvakis, G. J.; North, K. (2012); Gestão do Conhecimento - relações entre Criação de Conhecimento e Design Thinking. Espacios. v. 33, n. 6, p. 5.
Coser, M. A.; Carvalho, H. G. de. (2012); Práticas de gestão do conhecimento em empresas de software: grau de contribuição ao processo de especificação de requisitos. Revista GEPROS, n. 2, p. 109. [9]
Costa, A. M.; Saraiva, L. A. S. (2011). Memória e formalização social do passado nas organizações. Revista de Administração Pública, v. 45, n. 6, p. 1761-1780. [5]
Davenport, T. H.; Prusak, L. (1998); Conhecimento empresarial: como as organizações gerencia o seu capital intelectual. Rio de Janeiro: Editora Campus, 237 p.
Fiedler, M.; Welpe, I. (2010); How do organizations remember? The influence of organizational structure on organizational memory. Organization Studies, v. 31, n. 4, p. 381-407. [8]
Fleury, M. T. L.; Oliveira Jr., M. M.; (orgs). (2008); Gestão estratégica do conhecimento: itegrando aprendizagem, conhecimento e competências. São Paulo: Editora Atlas, 349 p.
Grudzinski, S. C.; Xavier, A. A. P., Michaloski A., Kovaleski, J. L., Santos Junior, G. (2013); Transfêrencia de conhecimento através da retenção das habilidades dos trabalhadores idosos. Espacios. v. 34, n. 3 , p. 5. [1]
Helmann, C. L.; Carvalho, H. G. (2007); Práticas de gestão do conhecimento que promovem a retenção de conhecimento tecnológico no setor de pesquisa e desenvolvimento. ENEGEP. Foz do Iguaçu. [10]
Liebowitz, J. (2011). Knowledge retention: What practitioners need to know.
Disponível em: <http://www.kmworld.com/Articles/Editorial/Feature/Knowledge-retention-What-practitioners-need-to-know-73363.aspx> Acesso em 23 de Agosto de 2015.
Nogare, G. E. D.; Ruppenthal, J. E. (2015); Gestão do conhecimento: estudo de caso em uma indústria ervateira. Espacios; v. 36, n.8, p. 8.
Prestes, M. L. M. (2007); A pesquisa e a construção do conhecimento científico: do planejamento aos textos, da escola à academia. São Paulo: Editora Rêspel.
Rueda, V. M. S.; Freitas, A.; Valls, V. M. (2011); Memória Institucional: uma revisão de literatura. CRB-8 Digital; v. 4, n. 1, p. 78-89. Disponível em: <http://revista.crb8.org.br> Acesso em 19 de Agosto de 2015. [2]
Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento: <http://www.sbgc.org.br/sbgc/> Acesso em 17 de Agosto de 2015.
Santos, S. A.; Leite, N. P.; Ferraresi, A. A.; (orgs). (2007); Gestão do conhecimento: institucionalização e práticas nas empresas e instituições (pesquisas e estudos). Maringá: Editora Unicorpore, 264 p.
Savi, A. F.; Gonçalves Filho, E. V.; Savi, E. M. S. (2010); Armazenamento de conhecimento explícito referente ao DFA (Design for Assembly) utilizando regras baseadas em casos. Produção; v. 20, n.1, p. 66-76. [4]
Silva, H. S.; Valls, V. M. (2012); Retenção de conhecimento na Internet: o papel do Twitter. CRB-8 Digital, v. 5, n. 1, p. 124-147. [7]
Silva, R. W.; Santos, R. A. S. (2012); A utilização de práticas de Gestão do Conhecimento para a retenção de Conhecimento Tácito Organizacional: o caso da CASAN. Revista Borges; v. 2, p. 91-103. [3]
Takeuchi, H.; Nonaka, I. (2008); Gestão do Conhecimento. Porto Alegre: Editora Bookman, 320 p.
Terra, J. C. C. (2005); Gestão do Conhecimento: o grande desafio empresarial. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 315 p.
Zaidan, F. H. (2008); Processo de desenvolvimento de sistemas de informação como forma de retenção do conhecimento organizacional para aplicação estratégica: estudo de múltiplos casos. Dissertação (Mestrado em Administração) Universidade FUMEC. Belo Horiozonte. [6]
1.(Programa de Mestrado Profissional em Engenharia de Produção, Centro Universitário Sociesc – UniSociesc, Joinville, Brasil) carlahammes@gmail.com
2. (Programa de Mestrado Profissional em Engenharia de Produção, Centro Universitário Sociesc – UniSociesc, Joinville, Brasil) clau_trentini@ibest.com.br
3. (Programa de Mestrado Profissional em Engenharia de Produção, Centro Universitário Sociesc – UniSociesc, Joinville, Brasil) marco.aurelio@sociesc.org.br
4.
(Programa de Mestrado Profissional em Engenharia de Produção, Centro Universitário Sociesc – UniSociesc, Joinville, Brasil) melim.joi@terra.com.br