Espacios. Vol. 36 (Nº 22) Año 2015. Pág. 21
Antor BELTRAME 1; Maria Emilia CAMARGO 2
Recibido: 24/08/15 • Aprobado: 13/09/2015
RESUMO: Este estudo teve por objetivo traçar uma panorâmica do contexto relacionado ao empreendedorismo, à inovação e às relações universidade-empresa, no qual se insere a Incubadora Tecnológica de Caxias do Sul, por meio da aplicação da perspectiva baseada na ensinagem e na aprendizagem enquanto condições de desenvolvimento proporcionadas pela incubadora às empresas e às práticas gerenciais adotadas por estas. Este estudo é classificado como estudo de caso, tendo por base a pesquisa bibliográfica e documental, valendo-se de entrevistas semi-estruturadas. Os resultados sugerem que, notadamente no passado recente, a incubadora vem se constituindo como importante mecanismo de fomento ao contexto assinalado e paralelamente indica a existência de um amplo potencial a ser explorado, especialmente em termos de inovação e relações universidade-empresa. |
ABSTRACT: This study aimed to trace an overview the context related to entrepreneurship, innovation and University-industry relations, in which the Technological Incubator of Caxias do Sul, through the application of perspective based on learning and learning while developing conditions offered by the incubator businesses and managerial practices adopted by these. This study is classified as a case study, based on bibliographic and documentary research, using semi-structured interviews. The results suggest that, notably in the recent past, the incubator has been providing an important mechanism to promote context marked and at the same time indicates the existence of a large potential to be explored, especially in terms of innovation and University-industry relations. |
Este estudo parte do contexto formado por três fenômenos da economia contemporânea: o empreendedorismo, a inovação e as relações universidade-empresa. Discussões acerca destes fatores têm ganhado espaço crescente, tanto no mundo acadêmico, quanto na mídia em geral, sendo, via de regra, considerados fundamentais ao desenvolvimento econômico no cenário atual. Muito embora este trabalho esteja imerso neste contexto, ele não é o tema central do estudo. Aqui interessa-nos os mecanismos de fomento ao empreendedorismo, à inovação e às relações universidade-empresa, a exemplo dos pólos e parques tecnológicos, e dos institutos de pesquisa. Mais especificamente, observa-se uma convergência destes elementos no ambiente das incubadoras de empresas de base tecnológica. Concomitantemente, constata-se que a principal justificativa para a criação deste tipo de incubadora é o fomento ao seu próprio contexto, estabelecendo, ao menos idealmente, um círculo virtuoso no relacionamento entre estas partes.
Tendo isto em mente, o problema que norteou a pesquisa questionou a efetividade da Incubadora Tecnológica de Caxias do Sul (ITEC) em seu cenário. A ITEC foi selecionada por sua relação com a Universidade de Caxias do Sul (UCS), uma de suas entidades mantenedoras, de tal forma que este trabalho tem por fundamento um processo que poderia ser descrito como conhece-te a ti mesmo, onde a UCS, debruçando-se sobre si, perscruta possibilidades de potencialização de suas ações na faina de contribuir para o desenvolvimento de sua região de atuação. Paralelamente, a ITEC faz jus a um estudo detalhado por se tratar de uma iniciativa única no Nordeste do Rio Grande do Sul, uma das regiões economicamente mais importantes do estado.
Considerando a indissociabilidade entre o objeto e seu contexto, o estudo procurou traçar um perfil dos empreendedores relacionados à ITEC. Paralelamente, em termos de inovação, campeou-se o caráter inovador dos empreendimentos, enfatizando-se sobremaneira a produção de capital intelectual. Encerrando a perspectiva ao contexto, as relações universidade-empresa ocorrentes na incubadora foram examinadas em termos de viabilização mercadológica de pesquisa realizada na universidade, os chamados spin-offs acadêmicos, além da utilização dos recursos de universidades por parte das empresas oriundas da incubadora.
A fim de compreender os mecanismos através dos quais a ITEC contribui para promoção do empreendedorismo, da inovação e das relações universidade-empresa, utilizou-se as perspectivas da ensinagem e da aprendizagem, enquanto condições de desenvolvimento proporcionadas pela incubadora às empresas e das práticas gerenciais adotadas pelas empresas, respectivamente. Neste processo, deu-se especial ênfase às práticas gerenciais adotadas pelas empresas, bem como às principais necessidades em termos de gestão apontadas pelas mesmas, de forma a contribuir com a incubadora para a melhoria de seus serviços.
O estudo procurou traçar uma panorâmica do contexto relacionado ao empreendedorismo, à inovação e às relações universidade-empresa, no qual se insere a ITEC. Paralelamente, procurou-se descrever o desempenho da ITEC na promoção destes elementos. Os resultados sugerem que, notadamente no passado recente, a incubadora vem se constituindo como importante mecanismo de fomento ao contexto assinalado e paralelamente indica a existência de um amplo potencial a ser explorado.
Os fenômenos do empreendedorismo e da inovação, potencializados pelas relações universidade-empresa, convergem no ambiente das incubadoras tecnológicas, que, em função destas sinergias, constituem-se importantes mecanismos de desenvolvimento econômico.
O fenômeno do empreendedorismo não é assunto recente. Mas foi Joseph Schumpeter, até meados do século XX, o principal responsável pela projeção do tema graças a sua associação com a inovação e o progresso técnico (Schumpeter, 1982). Filion (1999) assinala a relevância destas relações traçando uma perspectiva histórica na qual elenca diversos autores que adotaram ângulo semelhante. Em complemento, Drucker (2005) afirma que "o surgimento da economia empreendedora é um evento tanto cultural e psicológico, quanto econômico e tecnológico", e que a inovação é o instrumento dos empreendedores através do qual eles exploram oportunidades de novos negócios.
A título de caracterização do contexto relativo ao empreendedorismo, este estudo procurou obter através de seus mecanismos de pesquisa um perfil dos empreendedores e das empresas da Incubadora Tecnológica de Caxias do Sul (ITEC), objeto deste estudo. Assim sendo, utilizando-se a estrutura apresentada no relatório do GEM - 2006, o perfil dos empreendedores descreveu gênero, faixa etária, formação acadêmica, além da atuação em outras áreas, identificando, também, a ocorrência ou não de dedicação integral ao negócio. O perfil das empresas incluiu sua natureza jurídica, o período de incubação, o número de sócios e funcionários e a área de atuação.
Diferenciando os conceitos de invenção e inovação, Marcovitch (1983) considera que a primeira somente se constitui na segunda quando atinge o mercado sob a forma de um produto ou processo. Mais especificamente, Barbieri (2003) estabelece o conceito de inovação relacionado a cinco fatores: a introdução de um novo bem, introdução de um método de produção, abertura de um novo mercado, conquista de uma nova fonte de matéria-prima e o estabelecimento de uma nova organização para o negócio. Uma ampla abordagem ao fenômeno da inovação foi proposta por Sawhney, Wolcott e Arroniz (2006), através de 12 dimensões de análise que resultam no "radar da inovação".
Esta diversidade de perspectivas delineia o caráter multidimensional da inovação, ilustrando a dificuldade referida por Sousa (2006) quanto ao estabelecimento de critérios integrados para a caracterização dos processos de inovação, bem como o a avaliação dos mesmos sob uma base comum, compartilhada e amplamente aceita.
Perscrutando um modelo de mensuração de capacidade tecnológica, Figueiredo (2005) constata que os principais indicadores de inovação estão relacionados à estrutura de P&D e ao registro de propriedade intelectual pelas empresas. À assinalação do contexto desta pesquisa relacionado à inovação, buscou-se evidências concretas deste processo, através da descrição do investimento em P&D, além de uma abordagem à produção e ao registro de propriedade intelectual por parte das empresas.
No tópico anterior abordou-se en passant mecanismos voltados ao desenvolvimento tecnológico tais como: institutos de pesquisa, pólos, parques e incubadoras tecnológicas. Iniciativas como estas, via de regra, contam com a participação de universidades em arranjos interinstitucionais. Realizando ampla síntese, Rapini (2007) relaciona dentre as principais contribuições das universidades aos processos de inovação nas empresas: as fontes de conhecimento de caráter geral, especialmente em termos de pesquisa básica, além de fontes de conhecimento específico relacionado às áreas tecnológicas das empresas.
Estudos recentes, a exemplo do conduzido por Suzigan, Cerrón e Diegues Jr. (2005), investigam os fatores de localização dos empreendimentos inovadores e sua relação com o desenvolvimento regional. Os autores constataram que elementos-chave da inovação têm determinantes geográficos, algo como um centro gravitacional que aglutina e proporciona condições para seu florescimento. Estas observações foram corroboradas pelo estudo conduzido por Garcia (2005), levando à conclusão, aparentemente lógica, de que a proximidade dos centros de pesquisa com setor produtivo é fator fundamental para a inovação. Contudo, nestas relações o autor verifica uma maior ocorrência de spillovers do que de spin-offs.
Diante das adversidades, as incubadoras de empresas de base tecnológica destacam-se como mecanismos propícios à viabilização econômica da pesquisa acadêmica, especialmente devido ao fato de que, em sua ampla maioria, estão vinculadas a universidades, ou centros de pesquisa. As facilidades decorrentes desta proximidade foram descritas por Maculan et al (2002) em termos de acessos a recursos das universidades, especialmente aos recursos humanos. Os autores argumentam que as incubadoras atuam com intermediárias entre as empresas e instituições científicas, políticas e financeiras, destacando-se os mecanismos públicos de fomento ao empreendedorismo e à inovação, como o SEBRAE e a FINEP. Em função deste conjunto, os autores identificam as IEBTs como elementos-chave ao fomento do empreendedorismo e da inovação, potencializados pelas relações universidade-empresa.
A título de assinalação do contexto relativo às relações universidade-empresa, no qual se insere ITEC, incluiu-se nos mecanismos de coleta de dados da pesquisa questionamentos sobre a formação de spin-offs, verificado através da caracterização da origem dos empreendimentos. Paralelamente, procurou-se descrever a utilização de recursos de universidades, especialmente da UCS, por parte das empresas oriundas da incubadora.
O neologismo ensinagem, ainda não dicionarizado, está relacionado à uma perspectiva relativamente recente, enraizada na Pedagogia, mas presente também na Psicologia, conforme demonstra Polity (2002). Anastasiou e Alves (2006) apresentam a ensinagem como "uma prática social complexa efetivada entre os sujeitos, englobando tanto a ação de ensinar, quanto a de apreender". Pimenta e Anastasiou (2002) definem o ensino como um campo de aplicação de conhecimentos, traduzidos em um processo técnico (ensinagem) e introjetados pelos aprendizes (aprendizagem), estabelecendo uma relação de dependência entre a aprendizagem (sob ótica do aprendiz) e a ensinagem (sob ótica do professor), de tal forma que o desenvolvimento pedagógico implique em formação que valorize a identidade pessoal e profissional dos participantes.
Propondo a modelagem dos processos de criar, armazenar e disseminar os conhecimentos, Trindade (2006) pondera o gerenciamento do produto (conhecimento), do processo (ensinagem) e do resultado (aprendizagem). Paralelamente, Isaia (2006) salienta que o processo de ensino não se caracteriza pelo simples repassar de conteúdos, mas de sistematizar e organizar os conhecimentos oferecendo estímulos à aprendizagem, em direção a uma formação baseada na autonomia.
Aqui se propõe o link entre a realidade pedagógica das instituições de ensino e o universo organizacional. Tendo por base a ensinagem, verifica-se que as incubadoras de empresas constituem-se, em última análise, de um conjunto de condições favoráveis ao fomento do empreendedorismo. Dessa forma, assim como os processos de ensinagem estão voltados ao desenvolvimento dos indivíduos, o contexto das incubadoras está voltado ao desenvolvimento das organizações, onde se assinala o caráter emancipatório da formação, proporcionada pelas incubadoras, de tal forma que as empresas alcancem as condições necessárias para sua sobrevivência no mercado.
Andino (2005) elaborou uma síntese dos serviços prestados pelas incubadoras, reproduzida no quadro 01.
Essa estrutura foi utilizada como base para a descrição das condições favoráveis (ensinagem) proporcionadas pela ITEC às empresas a ela relacionadas. Em complemento, foram acrescentados os acessos a redes pesquisa e fontes de financiamento, pretendendo-se abranger a totalidade de recursos de ensinagem disponibilizados pela incubadora. Dessa forma, busca-se descrever quais as condições de desenvolvimento são disponibilizadas pela incubadora, além de verificar as principais necessidades apresentadas pelos entrevistados, permitindo a apresentação de um conjunto de sugestões que contribuam ao aprimoramento dos serviços prestados pela incubadora. No Quadro 1, apresenta-se uma síntese dos serviços prestados pelas incubadoras.
Quadro 1 - Síntese dos serviços prestados pelas incubadoras
Infra-estrutura |
Serviços Básicos |
Assessoria |
Qualificação |
Redes |
Salas Individuais Salas Coletivas Laboratórios Computadores Auditório Biblioteca Sala de reuniões Recepção Cozinha Estacionamento |
Telefonia Acesso a Internet Recepcionista Segurança Xerox Eletricidade Limpeza |
Gerencial Contábil Jurídica Produção Financeira Comercialização Exportação Vendas Marketing |
Treinamento Cursos Capacitação Acesso a bases dados Fóruns Congressos
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Municípios Prefeituras Universidades Empresas Feiras
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Fonte: Andino (2005)
À introdução da abordagem específica utilizada neste trabalho, denominada aprendizagem gerencial, parte-se do proposto por Not (1993), segundo o qual, aprender é construir representações e desenvolver comportamentos. Em consonância com o proposto por Freire (2004), Rogers (1997) considera que a única aprendizagem que age significativamente sobre o comportamento é descoberta e auto-apropriada pelo indivíduo, não podendo ser comunicada diretamente por outra pessoa, levando-o a concluir que não poderia ensinar outras pessoas a aprender, mas somente facilitar-lhes a aprendizagem.
Obviamente a complexidade do tema induz a visões parciais, por mais permeável e flexível que se seja, especialmente diante das novas fronteiras invariavelmente desveladas pela dinâmica ambiental. Diante disso, constata-se a inevitabilidade de se incorrer em perspectivas reducionistas, e ainda que sob o risco do anacronismo, as especificidades das correntes cognitivista e humanistas foram preteridas em prol de um enfoque preponderantemente behaviorista. Ainda que Mednick (1971) argumente que a transformação relativamente permanente do comportamento decorrente da aprendizagem não seja necessariamente observável, para Robbins (2007) e Falcão (2001), ao mesmo tempo em que a mudança no comportamento indica a ocorrência de aprendizagem, esta se manifesta através da mudança no comportamento.
Aqui, em uma abordagem macro das organizações, pretende-se descrever as práticas gerenciais adotadas pelas empresas, em outras palavras, o comportamento sistemático das organizações na gestão dos negócios, através da utilização de ferramentas e técnicas administrativas. Procuram-se provas concretas de aprendizagem especificamente sob o viés gerencial, ocorrente no ambiente e proporcionada pela incubadora. Esta restrição é fundamental, pois o campo da aprendizagem organizacional é muito amplo e suscita perspectivas diversas.
Não obstante às questões filosóficas, mas por uma questão de foco, aqui foi priorizada uma perspectiva similar às competências gerenciais descritas por Bitencourt (2001), em termos de habilidades desenvolvidas à gestão organizacional. Este estudo encontra similaridade no trabalho de Ruas, Antonello e Boff (2005) que, realizando ampla perspectiva teórica sobre a questão, indicam que as competências gerenciais desenvolvidas nas organizações estão sempre em formação, em movimento e aprendizagem.
Em seu estudo, Antonello, Godoy e Leite (2006) verificam que os gerentes aprendem habilidades gerenciais, e por conseqüência desenvolvem competências gerenciais, com as experiências que vivenciam, não somente aquelas que por algum motivo foram marcantes e evocadas como tal por eles, mas também por meio de atividades corriqueiras. Para Maculan (2002), uma dimensão importante do processo de aprendizado é a necessária criação de rotinas organizacionais que incorporam os conhecimentos que permitirão desenvolver soluções para enfrentar as turbulências do ambiente externo. Trabalhos como o de Moraes, Silva e Cunha (2004 a), apresentam a aprendizagem gerencial como uma área emergente de pesquisa, onde as práticas são ainda incipientes. Esta condição corrobora o questionamento proposto por Ruas (2001) quanto a efetividade dos programas de educação e desenvolvimento gerencial.
Aparentemente, no ambiente das incubadoras as demandas encontram-se em um nível mais elementar, antes mesmo de questionar-se o método, perscruta-se a existência de processos de aprendizagem. O estudo conduzido por Paula (2004) evidencia que tanto as empresas incubadas, como as graduadas, reclamam da falta de treinamento e aperfeiçoamento na área de gestão oferecidos pelas incubadoras. Os treinamentos oferecidos são geralmente curtos e genéricos, em outras palavras, insuficientes.
Segundo Maculan (2002), o processo de aprendizado em incubadoras se inicia na fase da candidatura a entrar na incubadora quando o empreendedor, atendendo às exigências do processo de seleção, elabora o seu plano de negócios e completa a definição do seu projeto inovador com a necessária incorporação da dimensão gerencial. A falta de experiência para organizar as atividades produtivas, gerenciar os recursos humanos e definir uma estratégia de mercado é uma dificuldade permanente. Os programas mais específicos de auxílio à gestão empresarial que permitem monitorar as relações com os clientes ou os recursos da empresa são ainda pouco utilizados.
Paralelamente às condições de ensinagem ou desenvolvimento proporcionadas pelas incubadoras, as empresas devem apresentar resultados em termos de aprendizagem, manifesta na compleição de estruturas organizacionais suficientemente desenvolvidas para suportar as condições impostas pelo mercado. À compreensão destes processos, procurou-se a definição de indicadores de aprendizagem. Para tanto se buscou na literatura as bases para a estruturação do conjunto de indicadores, a partir dos fundamentos básicos da administração.
À compleição da estrutura da pesquisa, verificou-se que, Slack, Chambers e Johnston (2002) definem como funções centrais das empresas as áreas de marketing e vendas, o desenvolvimento de produtos e serviços e a produção, considerando como áreas de apoio os recursos humanos, as finanças, a informação e tecnologia, além da engenharia e suporte técnico. Heizer e Render (2001) definem como áreas centrais: marketing, produção e operações e finanças e contabilidade. Araújo (2004) define como áreas típicas das empresas no Brasil: finanças, gestão de pessoas, marketing, operações e logística, organização e tecnologia, ao passo que Kaplan e Norton (2004) as definem como: clientes, finanças, processos internos, aprendizado e crescimento.
Considerando o conjunto apresentado acima, definiu-se à pesquisa uma estrutura que levasse em consideração: planejamento, finanças, produção, recursos humanos e marketing, conforme sintetizado na Figura 01.
Figura 01 - Estrutura de aprendizagem gerencial
Fonte: Elaborado pelo autor
Para efeito da pesquisa, a estrutura referencial apresentada na Figura 01 constitui o arcabouço partir do qual serão perscrutadas as aplicações sistemáticas de técnicas administrativas para a gestão das organizações. Esta é uma delimitação importante, pois aqui se encontra o link com o comportamento observável aludido anteriormente. Procura-se identificar quais são as ferramentas administrativas utilizadas pelas empresas, e, na medida do possível, verificar a participação da incubadora na instrumentalização das empresas.
O planejamento consiste em uma das atividades básicas, e talvez a mais importante, do administrador. Através do planejamento determinam-se os objetivos a serem atingidos, a estratégia para alcançá-los, assim como o sistema de controle que verifica o resultados obtidos. Tanto Schermerhorn (1999) quanto Stoner e Freeman (1999) argumentam que não existem regras rígidas para a elaboração do planejamento, fato que abre um precedente de flexibilidade para a avaliação das empresas. Foram considerados o emprego de técnicas como: análise SWOT (sigla em inglês para: strengths, weaknesses, opportunities e threats, respectivamente, pontos fortes e fracos do ambiente interno, e ameaças e oportunidades do ambiente externo), avaliação das cinco forças de Porter (1986), além da definição de visão, missão, valores, objetivos e metas da organização.
Em termos de finanças teve-se por base o proposto por Gitman (2001) e Iudícibus (2004), tendo sido elencados três fatores fundamentais: (a) análise de investimento e financiamento, (b) controles de demonstrações financeiras, e (c) estrutura e controle de custos. Este itens caracterizam um quadro referencial, visto que, como lembram Stoner e Freeman (1999), não existe um método unificado para todas as atividades empresariais.
A administração da produção ou de operações, aqui tomadas por sinônimos, compreende uma ampla gama de assuntos, Peinado e Graeml (2007) advertem que estes temas não devem ser abordados isoladamente, sob pena de perder a perspectiva das sinergias. Em ampla revisão ao conceito, Escorsim, Kovaleski e Reis (2005) descrevem elementos "satélites" na abordagem da produção, tais como: qualidade, segurança e baixo custo, mas enfatizam dois fatores fundamentais, a tecnologia e a inovação. Inovações tecnológicas oriundas de áreas como a nano e a biotecnologia, além da informática, articulam potencialidades insondáveis, a exemplo do exponencial desenvolvimento do setor de comunicações e das ciências biomédicas.
É consenso na literatura de que a gestão de operações compreende essencialmente o processamento, a armazenagem e o transporte de recursos, convertidos em produtos e serviços, envolvendo estratégias e sistemas de planejamento, organização e controle. Para este estudo, foi utilizada a Rede de Valor de Operações (RVO), modelo proposto por Paiva, Carvalho e Fensterseifer (2004), que se propõe a abranger todas as atividades relacionadas à produção, do desenvolvimento do produto ao atendimento ao cliente final valendo-se da seguinte estrutura: desenvolvimento de produtos, suprimentos, produção, distribuição e serviços agregados.
A área de recursos humanos é uma das mais profícuas em relação a variedade de abordagens. Gil (2001) aborda temas relativos a: comunicação, seleção, treinamento, avaliação, cargos e salários, motivação, liderança, negociação, gestão de qualidade, coaching. Bohlander, Snell e Sherman (2003) abordam a descrição de cargos, funções e estrutura organizacional, recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, gestão de carreiras, avaliação de desempenho, remuneração, programas de benefícios, segurança e saúde, direitos e deveres dos funcionários, administração de contratos, gestão internacional de recursos humanos e sistemas de trabalho de elevado desempenho
Outros autores aprofundaram temas específicos, a exemplo de Reis (2003) que detalhou a abordagem relativa à avaliação de desempenho, Pontes (2003) que delineou a administração de cargos e salários e Bitencourt (2005) que enfatizou a gestão de competências e a aprendizagem nas organizações. Contudo, parece consenso que os diversos autores, a exemplo de Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001), reconhecem aspectos estratégicos relacionados à gestão de pessoas.
Como foi demonstrado, existe uma ampla gama de atividades relacionadas à gestão de Recursos Humanos. Avaliando especialmente o porte das empresas instaladas e oriundas da incubadora, e considerando o número de funcionários, não se espera que disponham de uma área de RH plenamente desenvolvida, desta forma, foram elencados como tópicos a serem identificados na pesquisa: desenho de cargos e funções, treinamento e desenvolvimento e avaliação de desempenho.
À avaliação da gestão de marketing desenvolvida pelas empresas foram utilizados os seguintes autores: Kotler e Keller (2007), Porter (1986) e Keegan e Green (2000), tendo sido elencados os seguintes itens: Composto Marketing (4Ps), análise macroambiente e análise microambiente.
Com base nesses cinco macros fatores, Planejamento, Finanças, Produção, Recursos Humanos e Marketing, foi elaborado o roteiro de entrevista para aplicação junto às empresas, visando verificar a adoção de práticas gerencias pelas organizações e, na medida do possível, caracterizar a participação da incubadora em termos de disponibilização de condições para aprendizagem por parte das empresas
A metodologia utilizada nesta pesquisa adotou-se uma tipologia comum a Gil (2007) e Vergara (2006), definindo esta pesquisa como exploratória e de caráter descritiva. O aspecto exploratório está relacionado ao aprofundamento do conhecimento em relação a uma realidade pouco conhecida. Paralelamente, o caráter descritivo procura trazer luz às características específicas, tanto em termos do objeto de estudo, a Incubadora Tecnológica de Caxias do Sul, quanto em termos da abordagem teórica utilizada.
Para tanto, realizou-se um estudo de caso na Incubadora Tecnológica de Caxias do Sul. Assim, quanto à abordagem classifica-se como uma pesquisa qualitativa, a qual foi realizada com o intuito de compreender o contexto em que está inserida a Incubadora Tecnológica de Caxias do Sul, e dos processos de aprendizagem ocorrentes entre a incubadora e as empresas a ela relacionadas. Para tanto, a coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de entrevistas semi-estruturadas junto ao gestor da Incubadora e com os representantes das empresas graduadas em atividade.
Em termos de empreendedorismo, observa-se que os dados da pesquisa confirmam estudos similares realizados entre empreendedores de EBTs, em sua maioria, tratam-se de homens, relativamente jovens, com expressiva qualificação técnica, dos quais, uma parcela significativa desenvolve atividades como professores em instituições de ensino técnico e superior.
Quanto às empresas, o perfil apresenta organizações estruturadas sob a forma de microempresas, sendo que aproximadamente 80% delas contam com até 02 colaboradores. Observa-se a confluência e a predominância das áreas da informática, da automação industrial e da eletroeletrônica. Paralelamente, áreas que apresentam fatores significativos de inovação tecnológica, como a biotecnologia e a engenharia química, contam somente com um representante de cada área entre as empresas. Neste cenário, e considerando que a incubadora situa-se em um dos maiores pólos metal-mecânicos do país, é significativo constatar a incipiência de iniciativas nesta área (02 empresas), ainda mais em se verificando que, nos casos destas organizações, não ocorrem processos relevantes de inovação tecnológica.
Quanto à inovação, é significativo assinalar que 11 empresas, aproximadamente 2/3 do total, afirmam não dispor de políticas claras para investimento em P&D. Em termos de propriedade intelectual, constatou-se que o registro de marcas e domínios de internet encontram-se amplamente difundidos, ao passo que o registro de patentes é, ainda, pouco expressivo. Em aproximadamente 10 anos de atividade, 06 patentes foram registradas por empresas incubadas na ITEC.
No que se refere às relações universidade-empresa, verificou-se que apenas 03 empresas, 17,65% do total, constituem-se de spin-offs acadêmicas. Além disso, a ampla maioria das empresas relatou que suas relações com a UCS, entidade diretamente ligada à incubadora, são pautadas pelo distanciamento e pela dificuldade de acesso aos recursos da universidade.
Quanto à ensinagem, observa-se que as empresas utilizam amplamente os recursos da incubadora em termos de infra-estrutura e serviços básicos. Contudo, a carência de recursos por parte da ITEC reflete-se na exígua disponibilidade de assessorias e consultorias, além de mecanismos de qualificação, como cursos e treinamentos. O melhor desempenho da incubadora se dá na disponibilização de recursos para a participação em feiras. Há que se ressaltar que as atividades relacionadas à ensinagem dependem de financiamento externo, normalmente mediante a convênios estabelecidos pela incubadora com órgãos de fomento como o SEBRAE e a FINEP.
Quanto à aprendizagem, duas áreas destacam-se como as mais estruturadas nas empresas, Planejamento e Finanças. As demais áreas, Produção, Marketing e Recursos Humanos, apresentam maior carência de sistematização. Ressalta-se que, em termos de necessidades, a ampla maioria das empresas elencou as áreas de finanças e marketing como prioritárias.
A primeira consideração a ser tratada corresponde à resposta ao problema de pesquisa, onde se questionou a efetividade da ITEC no fomento ao seu contexto composto pelos fenômenos do empreendedorismo, da inovação e das relações universidade-empresa. Ponderando os resultados apurados pela pesquisa, é seguro afirmar que nestes quase dez anos de existência, somente nos últimos cinco a incubadora vem se estruturando como um mecanismo efetivo de fomento ao contexto assinalado.
Nos últimos cinco anos, constata-se a preocupação crescente com a profissionalização da gestão da própria incubadora. O desenvolvimento de planejamento estratégico da instituição, a elaboração de orçamentos e a existência de relatórios das atividades constituem evidências deste processo. Somam-se a estes fatos, a instituição de processos de pré-incubação e de sistemas de acompanhamento das empresas incubadas, refletindo a preocupação por parte dos gestores da incubadora com o desenvolvimento efetivo das empresas a ela relacionadas.
Isto posto, considera-se pelos dados levantados que a incubadora desempenha um papel importante para o êxito das empresas. Muito embora, considere-se que os resultados alcançados pela incubadora estão aquém das possibilidades latentes, indicando um grande potencial a ser explorado. Assim sendo, a seguir serão apresentadas as considerações particulares, relativas aos objetivos específicos propostos para este estudo.
Considerando que do total de 16 empresas graduadas pela incubadora, duas encerraram suas atividades, observa-se um baixo índice de mortalidade de 12,50%. Contudo, há que se considerar que outras três empresas não mais se dedicam às atividades correspondentes à incubação, ou foram incorporadas por outras instituições, de tal forma que se estas forem consideradas, o índice de mortalidade aumenta para 31,25%. Em função de que esta situação suscita interpretações pessoais, não se entrará no mérito da questão, ficando o registro.
Em função da perda de contato com estas empresas por parte da incubadora, não foi possível verificar detalhadamente os meandros da situação. Contudo, ressalta-se que tratam-se de empresas que fizeram parte da incubadora em seu período inicial de funcionamento, momento em que esta não encontrava-se estruturada nas condições atuais, de tal forma que acredita-se que no presente, as condições sejam mais propícias à sobrevivência das empresas.
Uma questão relativa ao potencial de fomento ao empreendedorismo considera a seguinte situação: a incubadora tem capacidade para até 12 empresas, se for considerada uma taxa de ocupação de 70%, isto resulta numa média de aproximadamente 08 empresas permanentemente instaladas, considerando que a incubadora tem aproximadamente 09 anos de atividade, e que o período máximo de incubação é de 03 anos; então, no período de 09 anos, a incubadora deveria ter graduado aproximadamente 24 empresas, número que é 50% superior ao resultado efetivo. Obviamente que uma formulação matemática nestes moldes não corresponde à realidade, mas há que se considerar que os fatores utilizados foram bastante generosos e que o exemplo ilustra um potencial a ser explorado.
Muito embora se tenha ciência de que o registro de propriedade intelectual, e mais especificamente de patentes, não seja objetivo da incubadora, há que se considerar relevância destas propriedades, que é amplamente endossada, tanto pela literatura especializada, quando pelos exemplos que se tornaram lugar comum na economia contemporânea. Considerando que, nos quase 10 anos de atividade da ITEC, foram registradas através da incubadora apenas 06 patentes, e ainda que estas tenham se dado, sobremaneira, nos últimos cinco anos. Indica-se um amplo potencial a ser realizado, mesmo que se pondere as dificuldades inerentes ao registro de patentes.
Logicamente, sabe-se que a produção de propriedade intelectual depende de diversos fatores sobre os quais a incubadora não tem influência. Mas, assinala-se que este é um caminho inevitável para a geração de produtos e processos com alto valor agregado. E entende-se que seja estratégico o posicionamento da incubadora como um mecanismo efetivo de viabilização mercadológica da propriedade intelectual, merecendo, portanto, especial atenção de seus gestores.
Considerando-se os baixos índices de spin-offs identificados na incubadora, bem como a baixa interação com a universidade relatada pelos entrevistados, verifica-se a insuficiência das relações mantidas entre a incubadora e suas empresas com a UCS, especialmente por esta se tratar de uma de suas entidades mantenedoras.
Esta situação suscita diversos questionamentos, mas dois assumem destacada relevância. O primeiro diz respeito ao desenvolvimento de pesquisa por parte da UCS que encontre viabilização mercadológica, atendendo às demandas do ambiente, bem como gerando novas necessidades. Aparentemente, o histórico da UCS não é profícuo nesta faina, fato que acaba por clamar pela participação efetiva da universidade no desenvolvimento econômico da região na qual se insere.
Outra questão relaciona-se a real importância atribuída à incubadora por parte da UCS. Entende-se que a ITEC não deve ser vista como mais um mecanismo da universidade, criado por forma devido a um efeito manada. Em outras palavras, ressalta-se que o movimento de constituição da incubadora não deveria ocorrer em função de que outras universidades estão adiantando-se por este caminho. Mas sim, deveria decorrer de um posicionamento estratégico que pondere a significância deste mecanismo para o desenvolvimento econômico.
Observa-se que a UCS desperdiça um grande potencial, à medida que não integra diversas iniciativas das quais faz parte. Um exemplo disto é o distanciamento verificado entre a ITEC e a UCS Empresa Jr., esta situação ilustra a falta de articulação por parte da universidade, de tal forma que torna-se impossível não se questionar quais outras oportunidades estão sendo desperdiçadas?
Verificou-se pelo histórico de atividades promovidas pela ITEC que esta deve disponibilizar mais mecanismos de desenvolvimento às empresas, especialmente em termos de processos de qualificação como cursos e treinamentos, bem como pela disponibilização de assessorias e consultoria. Entende-se que estes elementos são mais relevantes à sobrevivência das organizações do que a infra-estrutura e os serviços básicos prestados pela incubadora.
Ainda que pese a escassez de recursos, constatada nos orçamentos disponibilizados pelas mantenedoras, entende-se que a incubadora deveria concentrar-se nestas atividades, de forma a auxiliar as empresas na obtenção de recursos financeiros junto as agências de fomento. Identifica-se a necessidade de financiamento, tanto para processos de qualificação dos empreendedores, quanto para o desenvolvimento de projetos com caráter inovador.
Paralelamente, sugere-se que a ITEC posicione-se como elemento articulador de um networking entre e para as empresas incubadas. Entende-se que a incubadora não deve se restringir às suas fronteiras, procurando, dessa forma, a interligação com iniciativas similares como outras incubadoras, ou a empresas, a estas relacionadas.
Concomitante à relativa escassez de condições proporcionadas pela ITEC, observa-se um alto grau de informalidade na gestão das empresas relacionadas à incubadora. Esta situação provavelmente acarretará consequências futuras, por ocasião da graduação das empresas. Não obstante aos dados que apontam significativa capacidade nas áreas técnicas por parte dos empreendedores, verifica-se a necessidade de auxílio na formação gerencial dos mesmos.
Novamente ressalta-se que mais importante que a infra-estrutura e os serviços, são os mecanismos de capacitação dos empreendedores, ainda que tenha-se em mente que técnicas adequadas de gestão não garantam, por si, a prosperidade das empresas. Assinala-se que foi observado nas entrevistas que os empreendedores conhecem suas dificuldades e estão cientes de suas necessidades específicas. Entende-se que cabe à incubadora proporcionar os meios para suprir estas questões.
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